9 de novembro de 2014

dançar como se ninguém tivesse olhando...

Minha alma é presa, reprimida, apertada. Por quem? Por mim, pela sociedade onde cresci, pela educação que tive. Eu queria ter uma alma livre, ser uma pessoa libertaria, mas eu me reprimo demais pra isso, presto atenção demais aos detalhes e não relaxo. Pra me soltar eu preciso de muletas, pra andar melhor, livre. Mas eu ainda me sinto mais livre que a maioria, porque tenho consciência disso e a maioria não tem. Cada um tem a sua muleta, cigarro, álcool, drogas, religião, ideologia politica.., tudo muleta pra andar. Eu uso várias, de acordo com  o momento. Hoje vou de cerveja e me sinto bem assim. Queria ser livre, mas não sou, queria poder andar, correr com minhas próprias pernas, mas não consigo.... ainda. Queria dançar como se ninguém tivesse olhando....



1 de novembro de 2014

Como machismo tenta arruinar a minha vida e a sua tbm.

Eu sei o que eu quero, eu sei o que eu deveria querer e eu sei o que a sociedade espera que eu queria. São coisas bem diferentes. Eu sei que a sociedade esperava que eu me casasse e tivesse filhos, e que eu deveria querer um amor, um companheiro e eu sei que no fundo eu quero mesmo é ficar sozinha. O foda é conciliar tudo isso e não pirar. Se alguém souber como faz, me avisa. Por exemplo, nesse momento eu estou na minha casa, ouvindo Amy Winehouse e tomando budweiser. Eu tenho 40 anos, a sociedade esperava que eu estivesse no mínimo trocando as fraldas do meu terceiro filho ou do meu primeiro neto. E eu fico achando que eu deveria estar fazendo sexo sadomasoquista com algum estudante universitário. Mas quer saber,.. eu to diboa aqui, escrevendo, ouvindo blues e bebendo. A culpa é que me incomoda. Porque eu não a controlo, ela vem sem pedir licença e invade a minha vida. Mas no fim eu acabo só fazendo o que eu quero mesmo apesar dela... e tudo é culpa do machismo, da sociedade machista que fica querendo me ditar regras e estabelecer o que é certo pra mim. Ah!! Vá se foder que hj eu não to boa.


19 de outubro de 2014

50 tons de machismo.

Desafiada por uma amiga, resolvi ler o tão falado "50 tons de cinza", vou dar minha opinião sincera. 



A história é interessante, a narrativa prende e as putaria são melhor do que eu esperava. A minha critica vai para a construção dos personagens. Posso dizer que ler 200 paginas só corroborou para o que eu já esperava. A escritora manteve a linha machista da sociedade que vivemos, não saiu o óbvio ao criar as personagens principais. Grey, o macho alfa, poderoso, bem sucedido, arrogante, confiante, dono de si, sedutor e irresistível. Ana, a presa, tímida, humilde, baixa auto-estima, insegura, e pouco consciente do seu poder de sedução. O que vemos é o clichê homem dominador e mulher dominada, e não me refiro ao sexo, pois esse nem é o tópico das minhas críticas. Fica claro que toda a submissão sexual a qual ela se sujeita é consensual. Eu me refiro a situação psicológica, ao temor de perdê-lo que a domina, da necessidade que ela sente em agradá-lo. Ele impõe sua vontade e consegue o que quer, ela tem que usar de subterfúgios para conseguir algo próximo ao que realmente deseja. É o reflexo da sociedade machista, onde o homem tem porque merece, e a mulher precisa mostrar seu valor pra ter o mesmo que o homem. A mulher é que precisa conquistar seu espaço, o homem já nasce com o dele pronto. 
Vou continuar a ler o livro, mesmo pq, como disse no início, as putarias me surpreenderam positivamente, mas isso porque foram escritas por uma mulher e para mulheres e geralmente mulheres sabem o que mulheres gostam. Mas não acho que vou mudar de opinião. 50 tons de cinza é um triste retrato do machismo no mundo e só reforça a condição da mulher de inferioridade.
Bêj, nao me liga!

27 de julho de 2014

...do meu blog vintage, pq velho/antigo é a senhora sua mãe.

Eu escrevi um blog por uns 3 ou 4 anos, o blogdeumaretirante, sei lá porque cargas d´agua tinha mó galera que lia (o mundo tá cheio de doido, eu sei), por isso, de vez em quando eu vou buscar umas coisinhas que eu achava lá. Essa é a primeira:

DESABAFO DE UMA ATÉIA
Ía postar no facebook, mas ficou grande resolvi colocar no blog mesmo...
Vou ser mais do que sincera, serei franca, por favor, não se ofendam, não estou dando indiretas pra ninguém. 

Eu sou atéia, não acredito em deus e em nada, absolutamente nada que não tenha uma explicação lógica e científica. Mas tenho que respeitar quem acredita e nunca digo o que realmente penso. Hoje vou dizer, me perdoem, mas em minha opinião, no geral, quem acredita em deus é burro, trouxa mesmo, tem preguiça de pensar e engole essas histórias absurdas e mentirosas sobre questões morais que só servem para manipular pessoas crédulas. São pessoas inseguras que precisam de uma muleta para apoiar a vida, não tem condição de assumir a responsabilidade por suas escolhas e colocam toda ela na conta de um deus. 
Mas essa é a minha opinião e não deve ser importante pra vc que tem suas crenças e é feliz com elas. 
O pior mesmo é qdo são preconceituosos e desrespeitosos, pq eu não posso dizer o que eu realmente acho sem ofender e arrumar confusão, mas qdo afirmo minha falta de crença todos, sem exceção tentam me evangelizar, me "salvar". 
Eu não preciso de salvação, preciso de respeito à minha liberdade. Eu tbm acho que vcs estão errados, mas não fico tentando convencer ninguém, isso é respeito. 
De verdade mesmo o que eu sinto por quem cree nessas história absurdas é pena, mas mesmo assim tenho muitos amigos que creem em deus e gosto de todos, senão não eram meus amigos. Não quero cortar relações, mesmo porque a vida só com gente que pensa igual fica chata. Eu só quero que não em encham o facebook de orações e afins. Direcione seus posts para quem tem interesse, só isso. Grata.
É o que tem pra hj.
P.S.: Se por acaso vc se ofendeu com a minha opinião, lembre-se que é a MINHA opinião e não deveria ser importante pra vc, mas se. ainda assim te ofende, me bloqueia, me deleta, para de visitar meu blog, mas não me venha arrumar discussão e briga, porfavor

Sobre ser gorda, deixar de ser gorda e as paqueras.

Eu odeio generalização, então não entenda minha opiniões sobre algo como verdades absolutas sobre tudo e todos, ok?

Os homens são criados para caçar, esse é o objetivo deles na vida. A mulher é a presa. Simples assim.
Já vi e ouvi frases assim: "Gostosa, eu comia. Alta, eu comia. Baixinha, eu comia. Bonita, eu comia. Feia, eu comia. Magrela, eu comia. Gorda, eu comia"  e por ai vai...

Claro que essa generalização aplica-se muito mais ao homenzinho de merda, mas né?

Acreditem ou não, eu já fui gostosa, e sempre soube me esquivar dos paqueras inconvenientes, mas ai engordei e perdi a mão.
Não porque passei a aceitar qualquer merda, mas pq os assédios mudam conforme o corpo da mulher. Uma vez gorda os caras ainda ficam a fim de te pegar, mas não curtem assumir isso na frente da galera, então qdo vc está em grupo, está protegida dos "chatos", pq eles só chegam qdo a gorda está isolada e então vem com um papinho de "não vamos perder tempo" e agem claramente como se tivessem fazendo um puta favor em te comer. 



Olha só, eu quero perder tempo, eu gosto da paquera, do flete, da abordagem, de fazer de conta que estamos só querendo ser amigos e nem estamos imaginando um ao outro sem roupa e tal. Eu quero ser cortejada, conquistada e nunca aceitei menos que isso só por estar acima do peso. Eu curto paquerer, cortejar, fletar, as vezes mais do que os finalmentes.

And that´s why eu fiquei um bom tempo "encalhada".

Eu emagreci um pouco, fato, ai que entra a mudança do assédio, com a qual eu havia perdido o costume. Uma vez estando na categoria "gordinha" e não mais "obesa" o cara perde a vergonha de me paquerar na frente da galera. Ontem aconteceu isso. Um cara que eu conheço a zilhões de anos (na verdade ele me conheceu gorda) e que nunca nem me olhou direito, resolveu que eu to gostosa e partiu pra cima. Eu boba que sou, demorei pra me ligar que era paquera, pq os cara gostam de bater papo com a gorda, ela sempre tem uma amiga gostosa, isso não significa necessariamente que ele quer comer a gorda, se não der nada com a gostosa, e se não aparecer mais ninguém ai a gorda é uma opção, sejamos realistas. 


Fui pega de surpresa e não reagi bem e acho que fui chata. Não é que eu esteja me achando, mas é que eu me desacostumei a ser abordada na frente de todo mundo. Mas fica a dica, flerte, paquere, perca tempo mostrando pra ela que vc está interessado. Durante esse papinho de "cerca lourenço" os olhares se cruzam e falam mais que as bocas, uma lambida nos lábios, uma ajeitada no cabelo, coçadinha na barba, isso é sexy, é excitante.  

17 de maio de 2014

Eu não quero que vc pense como eu, quero apenas que vc pense.

Opinião cada um tem a sua. Eu respeito as pessoas, não suas opiniões, pelo menos não as equivocadas. Esse papo de que respeita é frase pronta, clichê. Se respeitasse não arguia e ponto. 
Existe uma diferença muito grande entre opinião e preconceito, mas as pessoas tendem a misturar os dois.
Para o sujeito ter uma opinião é preciso que ele no mínimo tenha pensado um pouquinho sobre o assunto, se usa o pensamento de outra pessoa, algo pronto, sem analisar criteriosamente pode incorrer em um grave preconceito.  

Do dicionário Michaelis:

opinião o.pi.ni.ão sf (lat opinione1 Maneira de opinar; modo de ver pessoal; parecer, voto emitido ou manifestado sobre certo assunto. 2 Asserção sem fundamento; presunção3 Conceito, reputação. 4 Juízo ou sentimento que se manifesta em assunto sujeito a deliberação. 5 Capricho, teimosia. O. pública, Sociol: juízo coletivo adotado e exteriorizado por um grupo ou, em sociedades diferenciadas e estratificadas, por diversos grupos ou camadas sociais.(grifo meu)

preconceito pre.con.cei.to sm (pre+conceito1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados2 Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. 3 Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles se pratiquem. Sociol Atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos. P. de classe:atitudes discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe social. P. racial: manifestação hostil ou desprezo contra indivíduos ou povos de outras raças. P. religioso: intolerância manifesta contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões. (grifo meu)


Com isso dito, venho agora expor o que eu, euzinha penso. Acho uma caralhada de chato esse povo que é burro o suficiente para a ser manipulado por qualquer midiazinha cagada, tipo essa pagina do facebook, a tal de "tv revolta". Está muito claro que é uma pagina articulada por politiqueiros para induzir as pessoas a pensarem algo, sem raciocinar. Entregam a opinião pronta, com uma imagem que chama a atenção e pra disfarçar a politicagem malandra por trás de cada post, também colocam coisinhas fofas e frases de auto ajuda. Canalhas, calhordas da pior espécie e vc, caro amiguinho que compartilha esses post, é bom começar a pensar pela própria cabeça, pq senão poderá ser o próximo a precisar de algum plano assistencialista do governo, que tanto fala mal. Ao colaborar com essas falácias ignorantes e preconceituosas, vc pode ajudar a eleger políticos bem piores do que os que estão no poder. Gente que pode inverter a sua vidinha social confortável e te tornar um hipossuficiente e ai meu amigo eu quero ver vc reclamar de cotas, de bolsa família, da ajuda de custo aos familiares de presidiários.  
Bóra utilizar um pouquinho mais o que vc tem entre as orelhas??



18 de abril de 2014

Sobre a morte...

Hoje eu acordei e antes mesmo de me levantar, dei uma espiadinha no facebook pelo celular. A primeira noticia que eu vi foi a nota de falecimento de um amigo da minha família. Um cara bacana pra caralho, animado, sempre de bom humor, sempre sorrindo, gente boníssima. Ele já foi prefeito aqui na cidade e sempre vinha nos churrascos aqui em casa. Aqueles mesmos que eu não costumo frequentar, mas qdo o Vagner tava eu dava uma passadinha pra trocar uma ideia com ele. Ai, hoje de manhã ele morreu. O velório será com pompa e circunstância  na câmara municipal, cheio de políticos e tenho certeza absoluta que todos, sem exceção vão falar bem dele, vão dizer que foi uma perda irreparável e essas falsidades todas. Eu não vou no velório. Eu não vou em velórios, nunca, a não ser que não possa evitar. Não há nada que eu possa fazer lá. Não vou ver o meu amigo que morreu, vou ver um corpo sem vida, só. Não vou confortar a família, pq não tem nada que conforte numa hora dessas. Também acho que se trata de uma cerimonia desagradável demais. Explico: se vc é da família ou um amigo muito chegado, vai estar muito triste e possivelmente vai chorar. Não acho que isso seja algo que se deva fazer na presença de estranhos ou meros conhecidos. Eu acho que o velório deveria ser uma coisa íntima, para que as pessoas pudessem ficar a vontade para se despedir do ente querido que morreu. As demais pessoas vão a velórios por imposição social, ou pior, por pura curiosidade. Gente que nem conhece ele direito, que nunca conversou despretensiosamente tomando uma gelada. Que nunca ouviu ele contando que se apaixonou pela esposa no primeiro olhar e que deu um duro danado pra conquistá-la. E é essa gente que fica reparando nas roupas dos outros, no que um disse, no que o outro fez. São essas pessoas que transformam a cerimônia de despedida num ato tragicômico e até ridículo. E nem vou falar nas "rezadeiras maria defunto" que aparecem sei lá de onde e começam a entoar um "♪segura na mão de deus..." sem nem se importar com a opção religiosa do pobre defunto ou da família. 
Eu também me recuso a ir em velórios por um motivo bem egoísta, eu tenho vergonha. Eu SEMPRE me comovo com a dor alheia, sou dessas, e se vou num velório, seja de um amigo ou um estranho, eu choro, como se fosse a viúva, um puta vexame.
Por essas e por outras eu proíbo todo e qualquer ser que eu ame de morrer, simples assim. Eu vou primeiro e fim de papo.

31 de março de 2014

Se namora


Hoje eu vi uma postagem no face com essa música e voltei no tempo. Voltei para a 5.ª série, anos 80, escola Magsul. Voltei pra minha primeira paixão platônica. Eu me sentia como nessa musiquinha, gostava de ir na escola só pra ver ELE. Eu escolhia um lugar estratégico na sala de aula pra poder ficar olhando pra ele sem dar muita bandeira. Fazia a blasé, to nem aí, mas ficava zanzando na hora do recreio, torcendo pra ele esbarrar em mim. Ele era um cara incrível, diferente dos outros meninos, ele conversava com as garotas, de igual pra igual, tratava a gente como amiga, era um fofo. Eu encontrei ele no facebook recentemente, mas não adicionei, sei lá o pudor pré adolescente que eu sentia ainda existe, pode isso? Quando nós tínhamos quase 18 anos, já no último ano da escola, houve uma palestra/conversa informal sobre sexo, e os garotos todos estavam adorando dizer com quantas já tinha transado, que eram experientes e tal, menos ele. Ele foi único que admitiu que era virgem, por opção, que queria esperar a hora certa e a pessoa certa, que não queria transar a primeira vez com prostituta como todos os seus amigos haviam feito.
Quando esbarrei no perfil dele do facebook, percebi que aquele menino bacana se transformou em um homem bacana, um cara decente e fiquei contente por ter sido ele a minha primeira paixão, alguém que eu não tenho vergonha de ter gostado.

16 de março de 2014

Desculpe se eu não sou padronizada, eu acho...

De repente pra psicologia eu não passo de um clichê. Mas eu não me sinto enquadrada aos padrões. Eu tenho uma necessidade imensa de consumir (ok, isso tá meio padrão), pra preencher um vazio (continua padrão) que tenho dentro de mim. Mas eu sei o que é o meu vazio. É algo que eu achava que queria, simplesmente porque nunca tive (aqui começa a despadronizar). Explico: As pessoas são criadas para serem iguais, tipo máquina de produção em massa. Nascer, crescer, encontrar a alma gêmea, casar, povoar a terra e morrer cheio de netos...
Eu sempre achei que era mais ou menos isso que eu deveria querer, e senti a minha vida toda um vazio que eu achava que era a falta disso. Mas hoje eu sei que não. Até o meu vazio é uma criação da sociedade machista patriarcal. 
Eu não quero um relacionamento, e não é por rebeldia, é porque simplesmente eu não faço essa linha. Eu me basto, me sinto muito bem sozinha, adoro a minha própria companhia e hoje em dia, invento mil desculpas para não sociabilizar fora da internet, tenho preguiça. No computador, se encher o saco é só desligar...
Eu me canso das pessoas, enjoo mesmo (sorry pela franqueza, eu tomei uma cerveja libertadora no almoço), ai como é que eu posso "desejar" ter um relacionamento estável? 
Mas Dani, vc diz isso pq nunca teve um. É pode ser, mas me expliquem porque cargas d´água eu, uma mulher (desculpe a franqueza de novo) bonita, inteligente, bem humorada, gorda, mas não feia e mesmo qdo na minha fase gostosa,  nunca tive um único relacionamento sério e duradouro? Respondo, porque eu nunca quis isso pra mim, é simples.


Mas e o sexo Dani? Como faz??? Então, esse é o problema, porque eu sei que o sexo é melhor qdo se tem uma relação com a pessoa, sexo casual é ruim (mas mesmo ruim ainda é melhor que sexo nenhum, acreditem) e eu cansei disso. Ai conclui que o que eu preciso é um P.A., mas tem que ser bem conversado, pq P.A. não pode ter ciúmes e possessividade, não deve envolver paixonite nem sentimentalismo. Será que eu estou preparada para um P.A.??? Alguém se habilita??

5 de março de 2014

Revista veja, mas nem no banheiro.

Eu estava agora a pouco no banheiro quando precisei de algo pra ler (se é que vcs me entendem) só tinha a Veja de 26 de fevereiro. Mas tá, tava necessitada então dei outra olhada e me deparei com a coluna de um senhor chamado J.R. Guzzo. Nesse texto primoroso ele fala sobre as manifestações nas ruas do Brasil e sobre a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes (eu acho) Santiago Andrade.  Nas suas palavras direitistas ele descreve os manifestantes (todos) como agressores, criminosos, baderneiros e arruaceiros bem como critica os "esquerdistas", "intelectuais", "artistas" (descrição do texto) que defendem as passeatas. Não se esquece também de tecer excelentes comentários sobre  a moça conhecida por Sininho, cuja imagem já foi bem denegrida pela própria revista, revoltado com a afirmação da mesma de que o cinegrafista também teria tido responsabilidade na própria morte, pois não estava usando qualquer tipo de proteção. 
Pois bem, se como afirma o tal colunista, as passeatas são na verdade conflitos armados e badernas criminosas, seria de se esperar que qualquer jornalista de bom senso, que fosse acompanhar os eventos, sabendo-os serem, na pior das hipóteses, similares a umas zona de guerra, ou um "simples" conflito armado estivessem utilizando coletes a prova de balas e capacetes protetores. 
Se uma pessoa sofre um acidente de carro e não estava usando cinto de segurança, pode se eximir de responsabilidade pelos seus ferimentos? 
Como sempre a Veja não só é tendenciosa, mas principalmente carece de coerência. Eu acho.

12 de fevereiro de 2014

Quem ama o feio, bonito lhe parece.

Eu acho que vou falar um pouco de mim hoje. Tenho uma característica que eu acho bem interessante, enxergo as pessoas com olhos da alma. Não sei se com você também é assim.



Explico:
Quando conheço uma criatura, imediatamente faço o primeiro julgamento, que é visual. Qualifico se é linda, bela, feia, horrorosa... nem vem que não tem, eu sei que você também faz isso.
Ocorre que conforme eu convivo e vou conhecendo o cidadão, sua aparência física se transforma pra mim. Se for uma pessoa legal, por quem eu acabo nutrindo algum respeito e carinho, eu deixo de ver suas imperfeições e percebo com mais intensidade suas qualidades físicas.
Já me peguei olhando foto de um grupo de amigos, pessoas que não conheço e pensando "Nossa quanta gente feia", e depois olhando os meus amigos e achando todos lindos. Ou quando deixo de ser amiga de alguém que achava lindo, depois de um tempo eu olho a criatura e acabo pensando que embarangou, quando na verdade fui eu que deixei de vê-la com olhar amistoso.
Ou quando tem um casal absolutamente desigual no quesito beleza, ai você conhece melhor os dois e acaba achando que o "bonito" é que deu sorte e o que você achou feio, na verdade é o mais lindo dos dois.
Vou dar dois exemplos. 
Tem um carinha no meu trabalho, eu o conheço tem quase dois anos, e tem pouco mais de três meses que eu reparei que ele tem uma cicatriz bem feia no rosto, perto da boca. Ah, ele é conhecido por ser traiçoeiro, que quando bate de frente recua pra atacar pelas costas.
Tenho uma amiga desde os 10 anos de idade, quando a conheci, gostei dela de cara. Depois de muito tempo alguém (talvez ela mesma) me falou sobre um problema que ela tinha/tem na coluna que a deixa meio curvada. Eu não tinha reparado, e sempre que a vejo eu não percebo esse pequeno "defeito", e quando consigo perceber, acho que isso a deixa charmosa, pq ela fica com o bumbum empinado, hehehehe.
Isso explica o fato de eu me apaixonar pelos caras mais inteligentes e interessantes e muitas vezes menos atraentes e acabar achando populares lindões, mais feiosos, porque né? Não se pode ter tudo.
Bem que dizem que a beleza está nos olhos de quem vê. Eu acho.

5 de fevereiro de 2014

Corinthiana, com muito orgulho, mas não da torcida.

Eu acho que já tá na hora de falar sobre a invasão do CT do Corinthians e seus desdobramentos.
Eu to com vergonha da torcida, e infelizmente temos sim que generalizar. Um torcedor que esteja usando a camisa e cometa um ato impróprio representa a todos. Eu cheguei a pensar que pudesse ser algum fdp infiltrado pra fazer confusão, mas não vou por esse caminho benevolente. Foram torcedores mesmo e isso só agrava a história. 
A torcida do Corinthians era conhecida por ser a que mais apoia o time, que está junto na tristeza e na alegria, que apoiou a equipe na segundona e ajudou a tirar o time do fundo do poço e levá-lo ao mundial no Japão. Cadê essa galera? Onde estão esses torcedores? Como foi que eles se abstiveram e permitiram que marginais ocupassem o seu lugar? 
Eu apoio meu time, vencendo ou perdendo, e estou ao lado dos jogadores, tem que fazer greve sim, se não tem segurança tem que parar. Mas sinto uma vergonha imensa do que aconteceu, porque acaba que todos os torcedores tornam-se cúmplices, no mínimo coniventes se não se levantarem contra essa barbaridade.
Eu não quero ser conivente com criminosos, por isso digo aqui, eu não faço parte desse grupo de marginais e eles não representam a família corinthiana. Esses marginais precisam ser identificados e expulsos de suas torcidas. Precisam ser levados às autoridades e responder por seus crimes. 


Uma merda dessas, um momento de raiva e descontrole e toda uma história de amor e cumplicidade fica manchada.
Eu tenho vergonha.

2 de fevereiro de 2014

Beijo gay na novela.

Eu acho que já tem gente demais falando sobre isso. Não não acho não, nunca é demais falar sobre liberdade, amor, respeito, direitos. Porque sim é sobre isso que o beijo na novela falou na sexta-feira, dia 31 de janeiro de 2014 (guarde essa data).



Mas Dani, porque essa bitoca sem graça é tão importante? Eu respondo, porque ela permitiu que pessoas que não convivem com gays enxergassem que eles são pessoas normais, que amam, brigam, tem ciúmes, sofrem, igual a qualquer dona de casa/mãe de família. A identificação, empatia com o personagem possibilita ao telespectador outro angulo de visão. A maior parte dos homofóbicos não faz ideia de como é a vida de um gay. Eles imaginam, e imaginam só coisas que julgam ruins, por isso tem preconceito. Aliás essa palavra já diz tudo PRÉ - conceito, conceituar antes de conhecer.  
O papel da novela das oito (ou nove, sei lá) é fundamental na cultura brasileira. O cabelo da personagem principal é o mais copiado, as frases de efeito são as mais repetidas (vai dizer que vc NUNCA disse que salgou a santa ceia?) e uma visibilidade dessas é mais importante do que um discurso apaixonado e raivoso num palanque, numa parada ou na rede social.
Não tem como alguém achar feio ou errado a família formada pelos personagens na novela. Eles mostraram uma aura de amor e companheirismo, praticamente uma família comercial de margarina. Carinho, afeto, solidariedade, amor, coisas que todo mundo quer, independente do que prefere fazer entre quatro paredes. 
Por isso eu acho que é um momento socialmente histórico, são os primeiros passos para uma sociedade mais justa e humana, tolerante e civilizada.
O brasileiro é reconhecido por ser tolerante e respeitoso, só precisava de um empurrãozinho para se identificar e aprender a respeitar.
Mas o que mais me impressionou e me deixou feliz e orgulhosa foi o fato de que não houve nenhuma manifestação de ódio significante contra o beijo gay. E as que ocorreram acabaram virando piada. Na minha timeline do face foi só torcida e comemoração, muito orgulho dos meus amigos, viu!!!
Mesmo porque se tivesse um único que falasse mal do beijo deixaria de ser meu amigo na hora.
É isso o que eu acho.

Introduzindo, mas com cuidado pra não doer.

Eu acho que tem muita gente achando só por achar. Eu adoro dar pitaco mas antes de opinar e tento me informar, até pra ter uma base do que eu to falando. Eu compro muitas brigas, mas só defendo aquilo que acredito. Para poder expressas as minhas opiniões resolvi escrever aqui nesse blog, que não tem limite de caracteres e nem espaço pra retaliação. É eu gosto de dar opinião, mas nem sempre aprecio opiniões contrarias, principalmente de estranhos, que na maioria das vezes comenta só pra arrumar confusão e agredir. Meus amigos que quiserem discutir os temas que eu abordarei aqui, poderão fazer pelo facebook, vou linkar os meus post na rede social.
Esse é meu post introdutório, vou tentar escrever com regularidade, mas eu não disponho de tanto tempo livre assim, não mais. No tempo do blogdeumaretirante eu só estudava e dava algumas aulas de inglês, agora eu trabalho de verdade, hehehehe.
Mas é isso, sempre que eu achar alguma coisa interessante, vou achar aqui.