31 de março de 2014

Se namora


Hoje eu vi uma postagem no face com essa música e voltei no tempo. Voltei para a 5.ª série, anos 80, escola Magsul. Voltei pra minha primeira paixão platônica. Eu me sentia como nessa musiquinha, gostava de ir na escola só pra ver ELE. Eu escolhia um lugar estratégico na sala de aula pra poder ficar olhando pra ele sem dar muita bandeira. Fazia a blasé, to nem aí, mas ficava zanzando na hora do recreio, torcendo pra ele esbarrar em mim. Ele era um cara incrível, diferente dos outros meninos, ele conversava com as garotas, de igual pra igual, tratava a gente como amiga, era um fofo. Eu encontrei ele no facebook recentemente, mas não adicionei, sei lá o pudor pré adolescente que eu sentia ainda existe, pode isso? Quando nós tínhamos quase 18 anos, já no último ano da escola, houve uma palestra/conversa informal sobre sexo, e os garotos todos estavam adorando dizer com quantas já tinha transado, que eram experientes e tal, menos ele. Ele foi único que admitiu que era virgem, por opção, que queria esperar a hora certa e a pessoa certa, que não queria transar a primeira vez com prostituta como todos os seus amigos haviam feito.
Quando esbarrei no perfil dele do facebook, percebi que aquele menino bacana se transformou em um homem bacana, um cara decente e fiquei contente por ter sido ele a minha primeira paixão, alguém que eu não tenho vergonha de ter gostado.

16 de março de 2014

Desculpe se eu não sou padronizada, eu acho...

De repente pra psicologia eu não passo de um clichê. Mas eu não me sinto enquadrada aos padrões. Eu tenho uma necessidade imensa de consumir (ok, isso tá meio padrão), pra preencher um vazio (continua padrão) que tenho dentro de mim. Mas eu sei o que é o meu vazio. É algo que eu achava que queria, simplesmente porque nunca tive (aqui começa a despadronizar). Explico: As pessoas são criadas para serem iguais, tipo máquina de produção em massa. Nascer, crescer, encontrar a alma gêmea, casar, povoar a terra e morrer cheio de netos...
Eu sempre achei que era mais ou menos isso que eu deveria querer, e senti a minha vida toda um vazio que eu achava que era a falta disso. Mas hoje eu sei que não. Até o meu vazio é uma criação da sociedade machista patriarcal. 
Eu não quero um relacionamento, e não é por rebeldia, é porque simplesmente eu não faço essa linha. Eu me basto, me sinto muito bem sozinha, adoro a minha própria companhia e hoje em dia, invento mil desculpas para não sociabilizar fora da internet, tenho preguiça. No computador, se encher o saco é só desligar...
Eu me canso das pessoas, enjoo mesmo (sorry pela franqueza, eu tomei uma cerveja libertadora no almoço), ai como é que eu posso "desejar" ter um relacionamento estável? 
Mas Dani, vc diz isso pq nunca teve um. É pode ser, mas me expliquem porque cargas d´água eu, uma mulher (desculpe a franqueza de novo) bonita, inteligente, bem humorada, gorda, mas não feia e mesmo qdo na minha fase gostosa,  nunca tive um único relacionamento sério e duradouro? Respondo, porque eu nunca quis isso pra mim, é simples.


Mas e o sexo Dani? Como faz??? Então, esse é o problema, porque eu sei que o sexo é melhor qdo se tem uma relação com a pessoa, sexo casual é ruim (mas mesmo ruim ainda é melhor que sexo nenhum, acreditem) e eu cansei disso. Ai conclui que o que eu preciso é um P.A., mas tem que ser bem conversado, pq P.A. não pode ter ciúmes e possessividade, não deve envolver paixonite nem sentimentalismo. Será que eu estou preparada para um P.A.??? Alguém se habilita??

5 de março de 2014

Revista veja, mas nem no banheiro.

Eu estava agora a pouco no banheiro quando precisei de algo pra ler (se é que vcs me entendem) só tinha a Veja de 26 de fevereiro. Mas tá, tava necessitada então dei outra olhada e me deparei com a coluna de um senhor chamado J.R. Guzzo. Nesse texto primoroso ele fala sobre as manifestações nas ruas do Brasil e sobre a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes (eu acho) Santiago Andrade.  Nas suas palavras direitistas ele descreve os manifestantes (todos) como agressores, criminosos, baderneiros e arruaceiros bem como critica os "esquerdistas", "intelectuais", "artistas" (descrição do texto) que defendem as passeatas. Não se esquece também de tecer excelentes comentários sobre  a moça conhecida por Sininho, cuja imagem já foi bem denegrida pela própria revista, revoltado com a afirmação da mesma de que o cinegrafista também teria tido responsabilidade na própria morte, pois não estava usando qualquer tipo de proteção. 
Pois bem, se como afirma o tal colunista, as passeatas são na verdade conflitos armados e badernas criminosas, seria de se esperar que qualquer jornalista de bom senso, que fosse acompanhar os eventos, sabendo-os serem, na pior das hipóteses, similares a umas zona de guerra, ou um "simples" conflito armado estivessem utilizando coletes a prova de balas e capacetes protetores. 
Se uma pessoa sofre um acidente de carro e não estava usando cinto de segurança, pode se eximir de responsabilidade pelos seus ferimentos? 
Como sempre a Veja não só é tendenciosa, mas principalmente carece de coerência. Eu acho.